Como continente, é difícil argumentar que muitos fazem hotéis melhor do que os da Ásia e, entre os países asiáticos, muito poucos o fazem melhor do que a China. Quando voei para Pequim para o Salão Automóvel Chinês de 2016, estava mais entusiasmado com o hotel onde ia ficar do que com os carros que ia ver. Uma rápida pesquisa no Google sobre o The Opposite House Beijing aumentou ainda mais os meus níveis de entusiasmo. Tinha um aspeto espetacular.
Vi demasiadas vezes hotéis online que não correspondem às imagens seleccionadas que os seus sites apresentam da sua opulência - The Opposite house não é um deles. Quando cheguei, era difícil descrever o hotel como algo que não fosse ultra-moderno, rivalizando com algumas galerias de arte londrinas em que entro e penso "ermmmm" e rapidamente refaço os meus passos de volta à entrada e saio pela porta.
Dito isto, não se tratava de uma galeria e a estátua da mão imponente e as cortinas esvoaçantes penduradas no teto sem qualquer propósito real funcionavam de alguma forma. O ambiente no átrio era diferente de qualquer outro hotel que já tinha visitado, era luminoso e arejado durante o dia e escuro e temperamental durante a noite. A transformação foi surpreendente.
Depois de ter feito o check-in, apanhei o elevador envidraçado até ao terceiro andar. Não se trata de um arranha-céus, os botões do elevador não chegam aos dois dígitos. Ao passar o meu cartão de acesso e empurrar a porta, fui surpreendido por um espaço branco e limpo. Os soalhos de madeira apresentavam uma cor quente contra o branco rigoroso. O espaço era impressionante e estava dividido por painéis de vidro abraçados por cortinas de luz semelhantes às do átrio.
No lado oposto dos vidros transparentes, havia dois lavatórios, o duche de monção e uma linda banheira quadrada de madeira escura. A porta da casa de banho era quase um segredo que se misturava com uma parede de madeira.
Voltando ao espaço principal, encontrava-se a cama king size, o espaço de arrumação e uma secretária de trabalho, todos ligados por uma parede que apresentava um corte iluminado que ia de uma ponta à outra do quarto. Na extremidade oposta ao roupeiro estava o chão até ao teto que se estendia por todo o quarto. A privacidade foi conseguida através de estores com controlo remoto.
Junto à mesa estava um painel de controlo que permitia aos visitantes reproduzir música através das colunas de teto BOSE a partir de vários dispositivos diferentes. Esta é uma caraterística que todos os hotéis que visito deveriam ter, é tão relaxante poder sair de um avião e entrar num hotel onde se pode tocar a sua própria música através de colunas de alta qualidade e não estar limitado pelos fios dos auscultadores.
O quarto era incrível, mas as coisas foram levadas a um nível totalmente novo quando fui explorar as áreas de ginásio, spa e piscina na cave. Ao sair do elevador, o ambiente é escuro e um pouco misterioso. Vire uma esquina e a piscina recebe-o em toda a sua glória. Metade da área da piscina tem um teto de vidro que permite que a luz entre suavemente em cascata na piscina, enquanto a outra extremidade mantém um brilho laranja escuro, mas quente. Esta luz suave continua no ginásio brilhantemente equipado.
Para além do ginásio e da piscina, o tempo pode ser passado a saborear refeições chinesas requintadas no restaurante Jing Yaa Tang, sendo o destaque o tradicional pato assado. Sentindo-me exausto depois de um dia no salão automóvel, optei pelo serviço de quartos que era, sem dúvida, um restaurante de qualidade.
Se estiver mais inclinado a visitar os arredores, o O hotel está situado na zona de entretenimento e negócios de Chaoyang, que está repleta de lojas de designers de todo o mundo.
Em termos de conforto, este é talvez um dos melhores hotéis em que já fiquei. O serviço, os quartos e as instalações são do mais alto nível e tudo parecia caseiro, mas luxuoso. O Opposite House Beijing é excecional.
